Na manhã desta sexta-feira (7), a cidade de Valença, localizada na região do baixo sul da Bahia, foi palco de um protesto inusitado organizado pelos professores da rede municipal de ensino. Os docentes, sob a liderança do Sindicato dos Professores (APLB) da Costa do Dendê, realizaram um enterro simbólico do atual prefeito Jairo Monteiro (PP). O ato foi uma forma de manifestar a insatisfação da categoria com a precariedade das condições estruturais das escolas municipais.
Com faixas, cartazes e adereços fúnebres, os professores percorreram as principais ruas da cidade, chamando a atenção da população para a crise enfrentada pelo setor educacional no município. “Convidamos toda a população valenciana para participar do sepultamento da educação do nosso município”, anunciou a APLB em suas redes sociais, convocando os cidadãos a se unirem ao protesto.
Os manifestantes destacaram que a falta de manutenção e investimentos básicos nas escolas tem comprometido o ensino e o aprendizado dos alunos. Entre os problemas citados, estão a ausência de materiais pedagógicos, infraestrutura deficiente, falta de ventilação adequada e problemas sanitários. Esses fatores, segundo os professores, tornam o ambiente escolar inadequado e prejudicam o desenvolvimento dos estudantes.
A situação tem gerado preocupação não apenas entre os educadores, mas também entre os pais e responsáveis, que temem pelo futuro educacional de seus filhos. A APLB reforçou que a manifestação busca sensibilizar as autoridades e pressionar por ações imediatas que garantam melhores condições de trabalho para os professores e de estudo para os alunos.
Em resposta ao protesto, a administração municipal ainda não se pronunciou oficialmente. No entanto, a expectativa é de que a mobilização gere um diálogo entre a prefeitura e os representantes do sindicato, na busca por soluções que possam reverter o quadro de deterioração das escolas municipais.
A APLB já anunciou que, caso não haja uma resposta satisfatória por parte da gestão municipal, novas manifestações e ações de protesto poderão ser realizadas. Os professores reafirmam seu compromisso com a educação e a luta por um ambiente escolar digno para todos os envolvidos no processo educativo.
