Belmonte enfrenta uma infestação crescente do Caramujo Africano (Achatina fulica), uma espécie invasora que tem causado preocupação entre os moradores. Encontrado em quintais, terrenos baldios e até dentro de residências, o molusco está se tornando um problema de saúde pública e ambiental. Apesar das reclamações, os belmontenses relatam a ausência de ações efetivas das autoridades para controlar a praga.

O que é o Caramujo Africano?
Originário da África Oriental, o Caramujo Africano foi introduzido no Brasil como alternativa econômica ao escargot, mas rapidamente se adaptou ao clima tropical e se tornou uma das espécies invasoras mais problemáticas do país. Ele pode atingir até 15 cm de comprimento e pesa, em média, 200 gramas.

Riscos à Saúde e ao Meio Ambiente
O Caramujo Africano não é apenas incômodo, mas também perigoso. Ele pode ser hospedeiro de parasitas, como o Angiostrongylus cantonensis, que causa meningite eosinofílica, e o Angiostrongylus costaricensis, que pode provocar angiostrongilíase abdominal. Além disso, o caramujo prejudica a vegetação local, alimentando-se de plantas nativas e de cultivo.

Os moradores relatam que a infestação está fora de controle. “A gente vê esses caramujos em todo lugar, principalmente depois da chuva. Eles invadem os quintais e ninguém toma uma atitude”, afirmou José dos Santos, morador do bairro São Benedito.

Por que o problema persiste?
A falta de manejo adequado e de campanhas educativas contribui para a proliferação do caramujo. Terrenos baldios, lixo acumulado e áreas com pouca manutenção são locais ideais para que a espécie se multiplique. Segundo especialistas, ações conjuntas entre poder público e a população são fundamentais para conter o avanço da infestação.

Como Prevenir e Controlar o Caramujo Africano
1. Identificação e Remoção Manual:
O método mais eficaz é coletar os caramujos manualmente, usando luvas para evitar o contato direto. Após a coleta, eles devem ser destruídos, preferencialmente por esmagamento, e enterrados em locais seguros, longe de áreas residenciais.

2. Evitar Áreas de Proliferação:
Manter terrenos limpos e evitar o acúmulo de entulho e lixo ajuda a eliminar os locais onde o caramujo costuma se reproduzir.

3. Cuidados com o Lixo:
Resíduos orgânicos devem ser armazenados corretamente, já que podem atrair os caramujos.

4. Uso de Cal Virgem:
Espalhar cal virgem em áreas infestadas ajuda a matar os ovos e reduzir a população do molusco.

5. Educação e Mobilização Comunitária:
Campanhas educativas para ensinar a população a lidar com o problema são essenciais. A ação conjunta entre moradores e autoridades pode prevenir o agravamento da situação.

Cobra-se uma Resposta
Os moradores pedem que a prefeitura de Belmonte tome providências imediatas. “Não podemos lutar contra essa praga sozinhos. Precisamos de campanhas de conscientização e, principalmente, ações práticas do poder público“, pontuou Maria de Fátima, moradora do bairro Ponta de Areia.

Enquanto a situação não é resolvida, o Caramujo Africano continua a se proliferar, colocando em risco a saúde e o bem-estar da população. Uma resposta rápida e eficiente é necessária para evitar que a praga cause ainda mais danos ao município.

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