EDITORIAL – Quando o Som é Mais Importante que o Povo

EDITORIAL
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Em um canto esquecido da política local, onde o senso comum deveria prevalecer, há uma trágica comédia em exibição protagonizada por dois vereadores, cujas prioridades parecem estar completamente fora de sintonia com as necessidades do povo que supostamente deveriam representar. Enquanto o cidadão comum clama por melhores serviços públicos, educação e segurança, esses dois representantes eleitos decidiram que há algo muito mais urgente para discutir: o volume do som.

Em um episódio memorável, digno de um esquete de um programa de humor, os dois vereadores protagonizaram uma disputa acalorada sobre quem tem o direito de monopolizar os decibéis da cidade. Enquanto os problemas reais, como a infraestrutura precária e a falta de oportunidades de emprego, aguardam soluções há anos, esses nobres representantes optaram por gastar tempo e energia debatendo questões sonoras que poderiam ser resolvidas com uma simples conversa de vizinhos.

Enquanto os cidadãos enfrentam desafios diários, os dois vereadores parecem estar em uma competição acirrada para ver quem pode ignorar mais descaradamente as necessidades reais da comunidade. Enquanto um deles argumenta que o som alto é essencial para a cultura local (ignorando convenientemente que a cultura também inclui respeito e empatia), o outro defende veementemente o direito de incomodar os outros em nome da liberdade pessoal (esquecendo-se convenientemente de que a liberdade termina quando começa a do próximo).

Enquanto essa trágica comédia se desenrola, os cidadãos assistem perplexos, perguntando-se como é possível que dois adultos eleitos para representá-los possam estar tão desconectados da realidade. Enquanto eles brigam pelo som, esquecem-se completamente do verdadeiro ruído que ecoa pelas ruas: o clamor do povo por liderança responsável, por soluções reais e por representantes que realmente estejam dispostos a ouvir e agir em benefício da comunidade.

Neste teatro da absurda, os dois vereadores continuam sua batalha estéril pelo controle dos decibéis, ignorando ironicamente que o som mais ensurdecedor de todos é o silêncio em relação às verdadeiras necessidades do povo. Enquanto o povo aguarda por liderança séria e comprometida, esses dois protagonistas continuam a tocar sua triste sinfonia de egoísmo, deixando todos se perguntando: quando eles vão finalmente lembrar que são servos do povo e não reis do som?

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